quinta-feira, junho 30, 2016

O Grande Deus Pã

É fato: apesar de o autor ter chegado às minhas mãos com as melhores recomendações, minha primeira experiência com a literatura de Arthur Machen não foi empolgante (detalhes aqui). Tudo parecia indicar que ele tivesse sido grandemente superestimado por H. P. Lovecraft, que, como vimos antes, tece rasgados elogios a suas obras no legendário ensaio O Horror Sobrenatural na Literatura, e até mesmo um mestre do terror como Lovecraft – que, ao que se espera, devia entender muito do gênero – pode, eventualmente, emitir uma avaliação não tão confiável, baseada em fatores subjetivos, pois a literatura tem dessas coisas. Ou isso, ou eu é que estava (ainda mais) míope, ao ponto de não enxergar as muitas e extraordinárias qualidades que Lovecraft apontava em Machen. Acabei decidindo tentar não me prender à primeira impressão: levado tanto pelas descrições fascinantes de outras obras de Machen fornecidas por Lovecraft, quanto pelo alto apreço que caras como Robert E. Howard, Stephen King e T. E. D. Klein também demonstravam, adiei o meu julgamento a respeito de Machen até que tivesse tido a oportunidade de ler mais de suas histórias. E, para grande satisfação minha, posso dizer agora que tomei a decisão correta: as quatro histórias presentes neste volume da editora portuguesa Saída de Emergência explicam, finalmente, o que todas essas figuras notáveis da literatura de terror e fantasia viam de tão admirável nos trabalhos do escritor galês, a ponto de não hesitarem em colocá-lo entre os melhores desses gêneros em todos os tempos, ou em citá-lo como um de seus favoritos e principais influências. Não dá para dizer que as características que me deixaram impaciente em O Terror estejam totalmente ausentes aqui, mas, quando elas despontam, é de forma muito mais branda, sem empanar o brilho das histórias… Para não falar do fato de que, neste livro, Machen trabalha com ideias e enredos muito melhores e mais interessantes. Custa-me entender por que, ao planejar aquele volume (que, como observei no outro texto, foi, sem dúvida, o primeiro contato que muitos leitores tiveram com Arthur Machen em suas vidas), a editora Iluminuras escolheu a história O Terror como texto principal, preterindo outras que são anos-luz superiores, como O Grande Deus Pã, O Povo Branco e as outras que integram o livro que agora me preparo para comentar.

O conto que dá título ao livro foi publicado pela primeira vez em 1894, e parece compartilhar o ponto de vista do romance Frankenstein, de Mary Shelley: a ideia de que há coisas com as quais o homem não deve mexer, e de que o simples fato de a ciência moderna ser capaz de fazer algo não significa necessariamente que tal coisa deva ser feita – um pensamento que marca fortemente o Romantismo e os movimentos artísticos derivados ou influenciados por ele. O Dr. Raymond, um médico-cientista, pretende realizar uma experiência ousada e um tanto sinistra: por meio de uma sutil intervenção cirúrgica no cérebro, ele acredita ser possível fazer com que um ser humano passe a ver o mundo espiritual e as "coisas invisíveis", toda aquela realidade de cuja existência temos uma percepção intuitiva, mas que não pode ser apreendida pelos nossos sentidos físicos normais. Como cobaia, ele vai utilizar uma jovem de nome Mary, que, segundo conta, ele resgatou de uma vida miserável nas ruas quando era pequena – e, por esse motivo, acredita ter o direito de dispor dela como bem entender (!). Para servir de testemunha da experiência, Raymond chama seu amigo Clarke, que não é cientista, mas possui uma aguçada curiosidade sobre as ciências, bem como sobre ocultismo e todo tipo de conhecimento não convencional. Finalizado o procedimento, Raymond é da opinião de que a cirurgia foi um sucesso, mas Clarke nada mais fica sabendo sobre Mary durante muitos anos. Decorrido esse lapso de tempo, uma estranha mulher aparece na alta sociedade londrina; belíssima, ela apresenta uma perturbadora semelhança com a pobre jovem Mary, como se fosse sua filha – e, nesse caso, a identidade do pai é assunto que dá margem às mais macabras conjecturas, pois, a julgar por sua conduta e pela aura tenebrosa que a cerca, a tal mulher não deve ser de todo humana. Naturalmente que, com semelhante conjunto de atributos, ela desperta fascínio entre os jovens aristocratas ingleses, sempre sedentos de novas emoções, que passam, muitos deles, a frequentar-lhe a casa… E a cometer suicídio logo depois. Um personagem que investiga o que acontece na casa da Sra. Beaumont (esse o nome com que a mulher se apresenta, embora, enquanto solteira, tenha-se chamado Helen Vaughan) mostra a outro as descrições escritas de alguns dos entretenimentos que ela costuma oferecer a seus convidados, descrições essas que, por si sós, são capazes de deixar qualquer pessoa decente sem dormir durante dias. Participar de tais entretenimentos, então, deve ser mais que o suficiente para levar um homem a tirar a própria vida. É claro que não vou contar o final da história; direi apenas que ele é chocante.

(Para os fãs do cinema torture porn e curiosos por detalhes sórdidos em geral – e quem não o é, pelo menos um pouco? – cabe um aviso: se estiverem esperando ler essas descrições, vão decepcionar-se. Machen, filho de um ministro religioso, prezava um certo recato ao escrever, e preferiu deixar a exata natureza dessas diversões horripilantes para a imaginação sombria de seus leitores.)

Vocês devem estar se perguntando o que o deus Pã tem a ver com tudo isso; bem, o Dr. Raymond emprega uma metáfora ao descrever a visão que, espera ele, Mary terá depois da experiência: diz que ela poderá "ver o deus Pã". Quem conhece um pouco de mitologia sabe que Pã, para os antigos gregos, era o deus dos pastores, dos campos, dos bosques, e, por extensão, da natureza – e "natureza", ao contrário do que hoje estamos acostumados a pensar, não tem só conotações positivas. Pã tinha uma face alegre, que remetia à vida bucólica das regiões rurais, mas era também o deus dos terrores noturnos (a palavra pânico derivou de seu nome) e ligado à bruxaria. Não foi por acaso que, com o advento do cristianismo, ele passou a ser associado ao diabo, tendo sido, provavelmente, um dos principais responsáveis por conferir a este último sua aparência "clássica", com chifres e pés de bode, semelhança essa que o pintor espanhol Francisco de Goya fez questão de realçar em seu famoso quadro El Aquelarre, de 1798 – aquelarre é uma palavra espanhola para sabá de bruxas; o quadro também é conhecido como El Gran Cabrón ('O Grande Bode'), para distingui-lo de outro El Aquelarre, que Goya pintou 25 anos mais tarde. Confesso, aprecio a obra de Goya pelas qualidades artísticas (é claro), mas não menos por sua temática, essa inclinação natural que ele parecia ter para o fantástico e o macabro. Embora não haja conexão conhecida entre os dois, acho que suas imagens combinam muito com o clima das histórias de Arthur Machen – e parece que outros já pensaram o mesmo, pois El Gran Cabrón já serviu de ilustração de capa para mais de uma edição de O Grande Deus Pã. Voltando ao deus, é importante saber, por fim, que seu nome, em grego, significa tudo (é o mesmo radical que integra palavras como panamericano, pangermânico, panteísmo e tantas outras), e que, portanto, Pã personifica a natureza em sua totalidade, tanto seus aspectos belos e pacíficos quanto os mais assustadores, bem como aqueles mistérios que, se conhecidos, poderiam destruir a sanidade de uma pessoa. Para quem já conhece Lovecraft e está conhecendo Machen, não demoram a ficar claros os motivos da devotada admiração do primeiro pelo segundo.

Só para constar, nem tudo em O Grande Deus Pã é excelente. Tive um desagradável déjà vu da característica mais irritante de O Terror ao ler esta passagem:

– Mas será que ainda se lembra do que me escreveu? Pensei que fosse imprescindível que ela…
Murmurou então o resto da frase ao ouvido do médico.

Em resumo: manter certas informações ocultas ao leitor até que chegue o momento certo de revelá-las é uma arte; fazer isso de formas artificiais e ineptas, é de matar! Felizmente, aqui esse defeito é uma coisa menor, que podemos relevar, bem diferente do que acontecia em O Terror.

A segunda história é A Novela da Chancela Negra – a palavra "chancela" é uma daquelas de uso comum em Portugal, mas pouco conhecidas entre nós; em textos de referência que encontramos por aí, quando essa história é mencionada, fala-se em "Sinete Negro", ou mesmo "Selo Negro". Enfim, chancela, sinete ou selo, aí, referem-se todos a um instrumento que pode ser considerado um ancestral dos atuais carimbos: pressionado sobre cera quente, argila úmida ou outro material de plasticidade semelhante, ele imprimia imagens ou caracteres (geralmente um timbre, brasão ou símbolo equivalente), após o que esperava-se o material endurecer. Seu uso mais conhecido era para lacrar cartas ou documentos. A chancela da história é um pequeno artefato de pedra negra, encontrado pelo Prof. Gregg, uma autoridade eminente no campo da etnologia, e que ele acredita ter pelo menos quatro mil anos de idade. Para manter o mistério, o autor vale-se do recurso de não usar o próprio professor como narrador, nem contar a história a partir do ponto de vista dele; em vez disso, a narradora é Miss Lally, contratada, a princípio, como governanta, responsável por supervisionar os cuidados e a educação dos dois filhos de Gregg – mas, por tratar-se de uma jovem de bastante cultura, acaba por assumir as funções de secretária dele, ajudando-o com seus trabalhos acadêmicos. Depois de ter-se dedicado durante décadas a estudos "sérios", que lhe granjearam uma sólida reputação, o professor decide aventurar-se investigando a possível realidade por trás de certos relatos do folclore das Ilhas Britânicas – em especial do País de Gales e do oeste da Inglaterra –, que sempre foram considerados por todos os pesquisadores "respeitáveis" como mero produto da fantasia popular. O pequeno sinete de pedra é a mais importante dentre um conjunto de pistas que ele reuniu ao longo de anos, e agora, finalmente, considera-se em condições de descobrir a possível verdade concreta que poderia ter dado origem às histórias milenares sobre o "povo pequeno" – fadas, duendes e outros seres misteriosos, sempre mencionados pela gente das ilhas com um misto de fascínio e temor. Há sugestões de que essas criaturas talvez não sejam tão brincalhonas e benévolas quanto as histórias infantis levam a crer… Para dar prosseguimento a sua pesquisa, Gregg aluga uma velha mansão rural perto da fronteira anglo-galesa, para onde se transfere com os filhos, Miss Lally e alguns criados. Lá, mesmo sem necessidade alguma de mais mão de obra, ele faz absoluta questão de contratar um adolescente local, um rapaz com leve retardo mental e uma propensão a sofrer ataques – e, quando isso acontece, seus aparentes gemidos desconexos começam a soar como palavras de alguma língua desconhecida, de pronúncia sibilante… A possibilidade de existir alguma ligação entre esse estranho garoto e o objeto dos estudos obscuros do professor é estabelecida de uma forma sutil – e, na minha opinião, brilhante –, contribuindo para a atmosfera cada vez mais sinistra da história. As descrições de Miss Lally da sensação aflitiva de ter medo sem saber do que, estão entre as passagens literárias mais sufocantes que meus olhos já percorreram.

A Luz Mais Interior (no original, The Innermost Light) é a história mais curta e mais fraquinha, mas de forma alguma é ruim. Sua organização inicial lembra um pouco a de The Great God Pan: também aqui há dois amigos, um mais visionário e dado a especulações fantásticas, Dyson, e outro mais cético (pero no mucho), Salisbury. Encontrando-se por acaso nas ruas de Londres, os dois decidem jantar juntos – e os pormenores a respeito da refeição, que Machen poderia ter deixado subentendidos, mas fez questão de incluir, sugerem que o autor também era, entre outras coisas, um apreciador da boa mesa. Durante esse jantar, Dyson conta ao amigo um estranho caso que chegou ao seu conhecimento, o do Dr. Black, um conceituado médico que morava e clinicava num bairro afastado e que, aparentemente, assassinou sua jovem e bela esposa. Poderia não ser mais que um crime passional de algum tipo, não fosse o parecer do legista que fez autópsia da Sra. Black e manifesta a opinião de que o cérebro da mulher não era humano. Dyson, levado por sua curiosidade por assuntos insólitos, decide investigar. Usando mais uma vez um recurso do qual Machen parecia gostar muito (e, na verdade, muito popular entre autores de ficção gótica do século XIX e início do XX), a resposta do mistério é encontrada num manuscrito, um caderno de anotações deixado pelo Dr. Black – e trata-se de uma resposta horripilante. Ao terminar de ler a história, tive a sensação de que o horror central dela pode ter sido sugerido por um sonho (foi a mesma sensação causada pelo conto A Máscara, de Robert W. Chambers) e de que, ao redor disso, o autor pode ter construído todo o resto.

O livro termina com O Povo Branco, história que Lovecraft considerava, no balanço final, superior a O Grande Deus Pã. Não tenho certeza se concordo, mas posso assegurar que não vou me esquecer de O Povo Branco. Sua mistura atordoante do terno com o terrível, do ingênuo com o monstruoso, confere-lhe um sabor pungente que poucas outras histórias já tiveram – e, para ser franco, no momento não lembro de nenhuma. Também aqui a parte mais importante da narrativa é encontrada num manuscrito; na prática, é uma história dentro de outra história. O conto começa com um diálogo entre Cotgrave, um jovem cavalheiro curioso, e Ambrose (homenagem a Ambrose Bierce? Hum…), um homem recluso e excêntrico, dado a filosofias não convencionais. Nesse diálogo inicial, Ambrose está expondo a Cotgrave sua teoria de que o bem e o mal não são realidades tão claras e distintas como geralmente acreditamos; segundo ele, um homem pode tornar-se um pecador de primeira grandeza sem jamais praticar qualquer crime, ou, de forma inversa, fazer-se santo sem realizar boa ação alguma que a sociedade reconheça como tal. Para ilustrar o que está dizendo, Ambrose empresta a Cotgrave um caderno manuscrito, recomendando-lhe que o leia cuidadosamente – e o trate mais cuidadosamente ainda, pois o eremita faz absoluta questão de que seja devolvido intacto. O caderno está preenchido com aquele tipo de letra redonda e caprichada que poderia pertencer a uma menina… E é esse o caso, como descobrimos a seguir, ao termos acesso à totalidade do texto do manuscrito através dos olhos de Cotgrave. São 25 páginas (na edição impressa; no manuscrito seriam bem mais) de texto praticamente corrido, isto é, quase sem mudança de parágrafos; para ser exato, ao longo de todas essas páginas são feitos apenas cinco novos parágrafos, sem considerar os trechos em que a autora reproduz versos. E a autora em questão é uma garota órfã de mãe, com um pai rico e ocupado que ela pouco via. Criada em outra dessas mansões rurais em algum lugar do interior do Reino Unido, que são uma constante na obra de Arthur Machen, ela tinha como principal companhia uma jovem ama, que, em meio a brincadeiras e passeios pelos bosques, iniciou-a nos segredos da feitiçaria.

Há hoje uma tendência politicamente correta a apresentar a feitiçaria de forma simpática, como sendo tão somente os inofensivos remanescentes de benévolas (sempre benévolas) crenças pré-cristãs, nada mais que a veneração da natureza e a transmissão de saberes práticos como o da medicina herbal; afirma-se frequentemente que o famigerado sabá das bruxas medievais nunca existiu, seria apenas uma ficção inventada pela "maligna" Igreja Católica para assustar o povo e instigar o ódio contra os que praticavam essa religião ancestral… E, como todas as ideias politicamente corretas, também essa teve origem em escusas intenções ideológicas, e ganhou livre curso graças à ingenuidade de inúmeras pessoas que, é claro, julgam-se as mais inteligentes e "críticas". Para começar, não havia uma única religião pré-cristã, mas muitas, sendo que a maioria delas estava longe de ser inofensiva ou inocente. Em segundo lugar, podia haver, e havia, grupos de feiticeiros que efetivamente não faziam mal a ninguém e só queriam continuar com seus ritos em paz – mas é tolice achar que todos eram assim. O culto deliberado aos poderes do mal e a prática de malefícios existiam na Idade Média, existiam no século XIX, e existem hoje. Arthur Machen, detentor que era de consideráveis conhecimentos no campo do ocultismo, sabia disso, e soube explorar o assunto com extrema competência. A ama, iniciada nesses mistérios tenebrosos por sua bisavó bruxa, ensina a sua pequena senhora diferentes rituais para conseguir diversos objetivos, nem todos muito louváveis; leva-a a reuniões secretas em lugares ermos; e revela-lhe a existência de povos misteriosos, dotados de poderes sobrenaturais e que vivem escondidos, como o "Povo Branco" do título. Compreende-se que, quando a jovem escreveu seu relato, já era quase adolescente (a ama já não trabalhava mais em sua casa), mas o relato em si cobre um período de vários anos – ou seja, a menina foi iniciada nesses conhecimentos quando ainda era muito pequena. É aí que reside a maior parte do encanto e, ao mesmo tempo, do horror da história: em sua inocente tagarelice infantil, ela descreve aquilo que viu sem realmente compreender muitas coisas, o que confere ao texto esse contraste desconcertante entre a pureza e o horror. Nada é muito explícito, mas, mesmo assim, talvez a história choque mais hoje que na época em que foi escrita, se considerarmos o quanto o nosso jeito de encarar a infância mudou ao longo deste último século.

Não há como finalizar estes comentários sobre O Povo Branco sem lembrar novamente de T. E. D. Klein e seu Cerimônias Satânicas. Várias histórias de Arthur Machen (e ouso dizer que sua obra como um todo) foram uma forte influência para Klein, como estou percebendo agora, mas foi, sem dúvida, a partir das menções casuais a "cerimônias brancas, verdes e vermelhas", encontradas em O Povo Branco, que ele veio a desenvolver a ideia central de seu livro. Por sinal, deve ter sido uma boa coisa, para ele, que tais menções sejam tão breves e reticentes, pois isso lhe permitiu exercer sua liberdade criativa sem romper os vínculos com a fonte original de sua inspiração. Por fim, como não surpreenderá a quem já conhece o perfil de Machen, O Povo Branco, assim como O Grande Deus Pã e A Novela da Chancela Negra, entrega a paixão do autor pela beleza melancólica e repleta de História dos rincões solitários do interior do País de Gales, com sua natureza rústica e vestígios de seu passado celta e romano. Somente A Luz Mais Interior, por causa de sua ambientação toda urbana, não oferece espaço para tanto.

Demorou, mas por fim posso dizer que compreendo por que Arthur Machen é considerado um mestre da narrativa de terror e fantasia, e uma influência para os que vieram depois dele, inclusive aqueles que, por sua vez, também chegariam a ser considerados mestres, e isso foi possível graças a uma seleção inteligente das histórias incluídas neste livro (desculpe, pessoal da Iluminuras…). A propósito, encomendei o livro direto de Portugal, através da Fnac de lá, e aproveitei para comprar junto o único outro título de Machen que estava em catálogo, um pequeno volume chamado A Pirâmide de Fogo. Quando o ler, ele certamente também será objeto de comentários aqui.