quinta-feira, agosto 20, 2015

Crônicas de Gelo e Fogo - A Guerra dos Tronos

– (...) O desertor sabe que sua vida está perdida se for capturado, e por isso não vacilará perante nenhum crime, por mais vil que seja. Mas você não me compreendeu bem. A pergunta não era sobre o motivo por que o homem tinha de morrer, mas sim por que eu tive de fazê-lo.
Bran não tinha resposta para aquilo.
– O rei Robert tem um carrasco – respondeu, em tom incerto.
– Tem – admitiu o pai. – E os reis Targaryen também tiveram antes dele. Mas o nosso costume é o mais antigo. O sangue dos Primeiros Homens ainda corre nas veias dos Stark, e mantemos a crença de que o homem que dita a sentença deve manejar a espada. Se tirar a vida de um homem, deve olhá-lo nos olhos e ouvir suas últimas palavras. E se não conseguir suportar fazê-lo, então talvez o homem não mereça morrer. Um dia, Bran, você será vassalo de Robb, mantendo um domínio seu para o seu irmão e o seu rei, e a justiça caberá a você. Quando esse dia chegar, não deve ter nenhum prazer na tarefa, mas tampouco deverá desviar os olhos. Um governante que se esconde atrás de executores pagos, depressa se esquece do que é a morte.

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Quando as Crônicas de Gelo e Fogo e a série de TV baseada nelas, Game of Thrones, tornaram-se populares no Brasil, e, consequentemente, o nome de George R. R. Martin passou a ser citado com frequência, eu bem que tive a sensação de que já tinha ouvido (ou, bem mais provavelmente, lido) esse nome em algum lugar. Depois de quebrar a cabeça durante um bom tempo, tive um eureka, aparentemente por nenhum motivo em especial, e fui desencavar a minha velha coleção da saudosa Isaac Asimov Magazine, lá do início da década de 90, tempo de minha não menos saudosa adolescência. Bingo: lá estava, na edição número quatro da revista, a história A Flor de Vidro, de autoria de Martin. E, se o nome do autor demorou a "tocar um sino" na minha memória, da história em si eu lembrava bem, pois sempre a considerei uma das melhores publicadas pela IAM brasileira ao longo de todas as suas 25 edições. Era um estupendo conto de ficção científica sobre o qual eu adoraria me estender escrevendo, mas isso fugiria ao escopo deste post; fica para uma próxima vez. Basta dizer que a grandiosidade e a complexidade que caracterizam as Crônicas de Gelo e Fogo já estavam lá, assim como alguns detalhes menores, mas que ajudam a marcar o estilo inconfundível do autor: a sonoridade dos nomes exóticos inventados é semelhante, e, quando ele quer descrever uma figura feminina de beleza etérea, parece ter uma tendência a dar-lhe olhos cor-de-violeta. Porém, é necessário observar que uma obra é de ficção científica, e a outra, de fantasia – dois gêneros muito diferentes. É fato que o público das duas tende a ser o mesmo, e que muitos autores transitam livremente entre uma e outra, mas fantasia e ficção científica têm entre si muito mais diferenças que semelhanças… E, mesmo assim, Martin mostra-se igualmente bom em ambas.

Poderíamos dizer que as Crônicas de Gelo e Fogo têm uma ambientação medieval, mas não se trata da "nossa" Idade Média; a trama se desenrola num mundo fictício. O mundo, em si, não é nomeado (pelo menos, não até onde já li), mas o continente onde se passa a maior parte dos acontecimentos da saga chama-se Westeros, um nome que traz sugestões de "ocidente", e, de fato, ele está localizado a oeste no mapa, com o Mar Estreito a separá-lo do continente vizinho, Essos (nome que sugere "oriente", em inglês East). Essos é muito maior, mas os westerosi pouco conhecem a respeito dele ― ou seja, Essos está para Westeros assim como a Ásia estava para a Europa medieval. Westeros abriga os assim chamados Sete Reinos, que, em tempos idos, eram mesmo reinos independentes, mas, na época em que se passa a história, são meras províncias de um único e vasto reino, de modo que quem usar a coroa governa, na prática, todo o continente, com exceção apenas do que está ao norte da Muralha… E da Muralha, falaremos daqui a pouco, pois poucas palavras não bastam. Ainda a respeito do mundo da saga, há uma peculiaridade importante: nele, a duração das estações é imprevisível. Os verões podem durar anos, e os invernos, o equivalente a uma vida inteira.

Catorze anos antes do início da narrativa, houve uma rebelião na qual diversas casas nobres, aliadas, derrubaram Aerys Targaryen, o Rei Louco. Um jovem cavaleiro de nome Jaime Lannister, que servia na guarda do rei, traiu e assassinou seu senhor, ao mesmo tempo em que se desenrolava a Batalha do Tridente, na qual Robert Baratheon, lorde de Ponta Tempestade, venceu em combate singular o filho mais velho de Aerys, Rhaegar, vindo então a sentar-se no legendário Trono de Ferro como o novo senhor dos Sete Reinos. Robert casou-se com Cersei Lannister, irmã gêmea de Jaime; seu sogro, Lorde Tywin, é o atual chefe da casa Lannister, a família mais rica de Westeros. Jaime e Cersei têm um irmão mais novo, Tyrion — um anão. Desde a infância alvo de desprezo geral por causa de sua condição física, Tyrion procura compensar o fato por meio da inteligência: é o membro estudioso da família, embora seja também um grande apreciador de vinho, farra, jogo e meretrizes.

Até serem depostos, os Targaryen parecem ter reinado durante muito tempo em Westeros; são um clã antigo e orgulhoso, que possui uma misteriosa afinidade com dragões ― em mais de um lugar do livro insinua-se que talvez tenham sangue de dragão nas veias, o que não é de todo absurdo: de acordo com muitas lendas (e também histórias de fantasia), os dragões são conhecedores de magia antiga, e pelo menos alguns deles possuem o poder de tomar a forma humana, podendo, nesse estado, relacionar-se com seres humanos e, possivelmente, até gerar descendência. Em Westeros, os dragões estão extintos, mas sua existência ainda não foi relegada ao status de lenda: os últimos morreram há apenas 150 anos. Poucas gerações antes dos dias em que transcorre a saga, reis da dinastia Targaryen os utilizaram como armas devastadoras em suas guerras. E, não por acaso, o emblema dos Targaryen é um dragão. Os únicos sobreviventes da dinastia são os dois filhos mais jovens do rei Aerys – Viserys, um rapaz, e Daenerys, uma donzela agora com 13 anos. Estão refugiados em Essos, sobrevivendo graças ao auxílio de antigos vassalos dos Targaryen, o que valeu a Viserys a incômoda alcunha de Rei Pedinte; mesmo assim, ele ainda alimenta a ambição de retornar a Westeros, derrubar Robert e ocupar o Trono de Ferro, o espantoso assento real que um de seus ancestrais mandou forjar com mais de mil espadas de inimigos derrotados. Para tentar concretizar essa ambição, Viserys arranja o casamento da irmã com Khal Drogo, um poderoso chefe tribal do povo Dothraki, uma nação de cavaleiros nômades das vastas pradarias de Essos. Em troca, Viserys espera que Drogo lhe dê um exército…

Um dos principais aliados de Robert Baratheon na guerra contra os Targaryen foi Eddard "Ned" Stark, da casa Stark, que controla a vasta e fria região conhecida apenas como o Norte, a parte mais extensa, mas menos povoada dos Sete Reinos. Os dois são amigos desde a juventude, e quase se tornaram cunhados: Robert era apaixonado pela irmã de Eddard, Lyanna. A jovem foi raptada durante a guerra pelo príncipe Rhaegar, e morreu no cativeiro – mais um motivo para o grande ódio de Robert por Rhaegar em particular e pelos Targaryen em geral. E é em torno de Eddard Stark que gira a narrativa neste primeiro volume das Crônicas. Casado com Lady Catelyn, ele tem cinco filhos legítimos. O mais velho, Robb, é um rapaz destemido de 14 anos, que está sendo educado para suceder ao pai como lorde de sua casa; Sansa, de onze, é uma dama por natureza: linda, educada, sonhadora, frágil, e não especialmente esperta; Arya, de nove, é o oposto da irmã, pois se aborrece com costura, mexericos palacianos e bailes, ama o ar livre e sonha em tornar-se uma guerreira; Bran, de sete, é irrequieto e curioso, e tem o perigoso hobby de escalar os velhos muros e torres de Winterfell, a fortaleza dos Stark, indo e vindo pelos telhados e ameias como se fosse um esquilo; e Rickon, o caçula, tem apenas três anos, de modo que é muito cedo para saber o que ele será e o que não será. Além desses filhos legítimos, Eddard tem mais um, ilegítimo ("bastardo", palavra que, embora com conotações ofensivas, é sem dúvida bem mais usada), quase da mesma idade de Robb. Esse chama-se Jon Snow ― não Stark, mas Snow ('Neve'), sobrenome tradicional de filhos bastardos no Norte. Em Westeros, como em toda parte onde existem nobres, é comum que eles tenham filhos fora do casamento, mas, de modo geral, contentam-se em enviar algum dinheiro para suprir o sustento da criança – isso quando não a deixam à própria sorte. Eddard Stark fez diferente. Jon foi criado em Winterfell, junto com seus filhos legítimos e quase em pé de igualdade com eles. O pai, provavelmente, teria desejado que a igualdade fosse completa, mas não poderia fazer isso sem afrontar gravemente Lady Catelyn, que apenas tolera o bastardo, sem esconder que o prefere fora de sua vista. Jon convive com um dilema que envolve sua própria existência: ele admira profundamente o pai, a quem considera o homem mais honrado que conhece – mas, se Eddard não tivesse, ao menos uma vez, faltado para com sua honra, ele, Jon, não existiria. A identidade da mãe de Jon Snow é um dos segredos que mais intrigam os fãs das Crônicas.

Tudo isso são antecedentes. A história que vai ser narrada em A Guerra dos Tronos começa com a morte de Lorde Jon Arryn, senhor do castelo de Ninho da Águia, um homem já de certa idade que foi uma figura importante da rebelião e uma espécie de segundo pai para os jovens Ned Stark e Robert Baratheon, além de ter-se tornado concunhado de Ned ao casar-se com Lysa, irmã de Catelyn. Durante os últimos 14 anos, Jon Arryn ocupou o cargo de Mão do Rei – seu homem de maior confiança, conselheiro mais próximo e, quando necessário, substituto. Agora, Lorde Arryn morreu de forma repentina, supostamente vitimado por uma doença fulminante, mas há quem acredite que ele foi envenenado por ter descoberto algum grave segredo envolvendo pessoas importantes, algo que tais pessoas não iriam querer que chegasse ao conhecimento do rei Robert. O rei, então, vai de visita a Winterfell, com praticamente toda a sua corte (um deslocamento e tanto), a fim de pedir a Ned Stark que assuma o cargo que Arryn deixou vago, o que ele aceita relutantemente, movido apenas pelo senso do dever, pois não deseja o poder e preferiria ficar na terra que ama, em sua casa, com sua família. Robert, que Ned não via há anos, mudou muito; o formidável guerreiro de outrora amoleceu, engordou, e o hábito de abusar do vinho, que antes era ocasional, tornou-se quase diário. Nem mesmo seus amigos mais chegados podem nutrir a ilusão de que ele seja um excelente rei, mas Ned sabe que seu velho amigo é, na essência, um homem decente, e tem esperança de poder ajudá-lo a governar bem. Infelizmente para ele e para muitos outros, a política na capital Porto Real revela-se uma coisa tortuosa e traiçoeira, que a própria natureza honesta de Ned torna-o pouco hábil para enfrentar.

Entre os que comparecem a Winterfell durante a visita do rei está Benjen Stark, irmão de Eddard e membro graduado da Patrulha da Noite. Essa corporação tem uma tradição de séculos defendendo a Muralha, que separa os Sete Reinos das regiões geladas do extremo norte do continente, habitadas por ferozes tribos selvagens – e, segundo alguns, também por gigantes e outras coisas estranhas e perigosas. Quando li sobre a Muralha, imediatamente tive quase certeza de que tinha sido inspirada na Muralha de Adriano (detalhes aqui); mais tarde tive a confirmação, ao ler, em algum lugar da internet, uma pequena matéria na qual George R. R. Martin contava que essa ideia lhe veio quando, durante uma viagem pela região da fronteira Inglaterra/Escócia, visitou as partes da Muralha que ainda estão em pé e ficou imaginando como era a vida dos homens que ali montavam guarda, responsáveis por deter investidas de povos bárbaros e por resguardar a segurança das populações civis atrás deles. Porém, há uma diferença importante: os que guarneciam a Muralha de Adriano eram legionários romanos, soldados de um exército profissional; eram voluntários, altamente treinados e disciplinados, e, além disso, gozavam de um certo status. Já em Westeros, a força que cuida da Muralha é a tal Patrulha da Noite, que até tem em suas fileiras alguns nobres, cavaleiros e voluntários idealistas – mas o grosso das tropas é composto de criminosos condenados, a quem foi oferecida a escolha entre passar o resto de seus dias na Muralha e enfrentar a execução sumária ou coisa pior. Ao Lorde Comandante Jeor Mormont e seus oficiais – entre os quais Benjen Stark – cabe a dura tarefa de transformar esses celerados em soldados comprometidos com uma causa. Então, para a surpresa de todos, o jovem Jon Snow comunica ao tio Benjen que deseja "vestir o negro" – expressão tradicional que significa juntar-se à Patrulha da Noite, aludindo à cor de seus trajes, que, aliás, a meu ver, é bem estranha: uma força que atua numa região gelada e quase sempre coberta de neve deveria vestir branco, a fim de ficar menos visível para seus inimigos. No caso de Jon, só mesmo o idealismo, o desejo de aventura ou as duas coisas podem explicar essa aspiração. Em Winterfell, a despeito da má vontade da madrasta, ele tem uma vida confortável, a companhia do pai e dos meio-irmãos (parece dar-se bem com todos), aprende com os melhores mestres e, mesmo que não possa esperar chegar tão alto quanto os filhos legítimos de lorde Stark, poderá, quem sabe, ser senescal de Robb quando este for lorde – um futuro bem mais promissor que o da maioria dos bastardos. Na Muralha, tudo o que o espera é frio, perigo, desconforto, e a companhia menos recomendável possível. Porém, uma vez tendo tomado sua decisão, ele parte para o norte com Benjen, enquanto seu pai toma o rumo contrário, em direção a Porto Real, acompanhado por homens escolhidos, e levando consigo Arya e Sansa – esta, prometida ao príncipe Joffrey, filho mais velho do rei. Robb e Catelyn ficam responsáveis por Winterfell, e, quanto a Bran, ele sofre um grave acidente (não vou dar spoiler entrando em detalhes) e fica entre a vida e a morte. O que Eddard encontrará na capital, e Jon na Muralha, irá definir duas das principais linhas narrativas do romance. A terceira linha principal trata da vida da jovem Daenerys Targaryen em Essos… E há ainda outras linhas, menos importantes, mas tão fascinantes quanto.


Dizer que um autor ou obra é "o maior acontecimento na literatura de fantasia desde Tolkien" é algo que já foi tão usado e abusado, que há muito já perdeu qualquer capacidade que alguma vez tenha tido de impressionar alguém; é como dizer que este ou aquele jovem jogador de futebol tem as qualidades de um "novo Pelé". E é claro que isso já foi dito também de George R. R. Martin e suas Crônicas de Gelo e Fogo. Comparar é desnecessário, perigoso e injusto – afinal, Martin é o primeiro a reconhecer que Tolkien é uma de suas mais fortes influências, de modo que, se não fosse pela Terra-média, é provável que Westeros e Essos nunca tivessem nascido, ou que, pelo menos, não fossem tão grandiosos. Entretanto, mantendo uma distância segura das malfadadas comparações, e ciente de que fazer previsões é sempre arriscado, eu ouso apostar que as Crônicas vieram para ficar, e que, daqui a cinquenta anos, os novos autores de fantasia de então poderão muito bem estar mencionando tanto Tolkien quanto Martin com gratidão e reverência, e confessando-se, por sua vez, influenciados por ambos. A Guerra dos Tronos (e acredito que também os volumes seguintes, que espero ler em breve) tem aquele "algo mais", nem sempre fácil de definir, que distingue um bom livro de um grande livro. Temos aqui todo o necessário para dar nascimento a uma nova "mitologia": um mundo vasto e fascinante, com história, geografia e cultura próprias; uma trama complexa, cheia de reviravoltas e surpresas; e, talvez o mais apaixonante, personagens incríveis, cada um com seu perfil e jeito de ser, suas forças e fraquezas, e suas contradições. Os exemplos que me vêm à cabeça agora são dois. Primeiro, Lady Catelyn, uma mulher admirável, verdadeira heroína – corajosa, sábia, cheia de fibra, capaz de tudo pela família… e, não obstante, capaz também de ser incrivelmente mesquinha em sua implicância para com Jon Snow, simplesmente porque o rapaz, sem ter culpa alguma disso, é para ela um lembrete constante de que seu marido um dia lhe foi infiel. Segundo, Jaime Lannister, essencialmente um homem vaidoso, prepotente e sem escrúpulos, mas também devotado à família (embora haja um segredo chocante envolvendo essa parte); para Tyrion, aliás, Jaime é o único membro da família que já lhe demonstrou bondade ou amizade. Mesmo a traição cometida por Jaime contra Aerys Targaryen – o rei cuja vida jurara defender com a sua – tem dois lados, embora só bem mais tarde venhamos a conhecer sua versão da história. De todo modo, o que eu pretendia com esses dois exemplos (apenas dois dentre os muitos que poderia citar) era demonstrar o que quero dizer quando afirmo que os personagens de Martin são mais que rostos e nomes: são pessoas. Não totalmente bons, nem totalmente maus: pessoas. Bem… Nem todos, é verdade. Uma boa história também precisa de seus personagens previsíveis.

Quem ler a mesma edição que eu, notará que o texto como um todo tem um sabor inconfundível do português europeu, com um uso frequente de palavras, expressões e estruturas frasais típicas dessa variante do idioma, juntamente com muitos erros de concordância, verbos conjugados em pessoas diferentes dentro da mesma frase… A impressão que dá é a de que a edição brasileira foi feita aproveitando uma tradução portuguesa preexistente, que passou por uma canhestra tentativa de adaptação. Pessoalmente, sempre li livros editados em Portugal sem qualquer adaptação, e nunca tive problemas com isso; seria muito melhor ler na tradução original que nessa versão que tenta transformar o texto em português brasileiro, mas consegue apenas continuar a ser português europeu – só que agora cheio de erros.

Ainda há muito que eu gostaria de dizer sobre este livro (que, não esqueçam, é apenas o primeiro da saga!) e também sobre a estupenda série de TV Game of Thrones, mas é melhor não deixar o texto longo demais, e, além disso, oportunidades não hão de faltar, pois tenho certeza de que este não será de forma alguma meu único post sobre o universo de George R. R. Martin. Em textos futuros, pretendo dar um jeito de inserir uma porrada de coisas que pensei em escrever aqui, e só não o fiz para não me alongar ainda mais.