terça-feira, agosto 18, 2020

A Legião do Tempo

Estudantes que estão se familiarizando com a cultura dos países anglófonos costumam achar curioso e engraçado quando descobrem como é que se diz "telenovela" em inglês: é soap opera – literalmente, 'ópera de sabão'. Vi meus colegas terem exatamente essa reação numa aula de inglês no primeiro ano do ensino médio, muitos anos atrás, e, quando uma menina perguntou o porquê desse nome, a mestra (professora Sandra, lembro bem) confessou que não sabia. Se fosse nos dias de hoje, uma rápida busca na internet teria satisfeito a curiosidade, mas na época as coisas não eram tão fáceis. De qualquer forma, embora a timidez dos 15 anos tenha mantido meus lábios grudados naquela ocasião, a verdade é que eu sabia a resposta: acontece que nos Estados Unidos, da mesma forma que aqui no Brasil, as novelas nasceram no rádio, só mais tarde migrando para a TV, e, durante a "era de ouro do rádio", que, lá, foi nas décadas de 1920-30, elas, além de extremamente populares, eram notórias por serem patrocinadas por fabricantes de sabão em pó, cujos jingles sempre antecediam o início do capítulo do dia. Isso explica o porquê do soap; quanto ao opera, ainda é um mistério para mim (mesmo hoje, com internet e tudo), e ficarei grato se alguém que me lê souber esclarecer.

A essa altura vocês talvez estejam se perguntando (e parabéns pela perspicácia se estiverem): peraí, moleque, como é que você, sendo brasileiro, com 15 anos de idade e numa época sem internet, sabia de tudo isso? Simples: aos 15 anos (e bem antes) eu já era nerd e apaixonado por ficção científica. Acontece que, embora a maior parte das novelas de rádio se ocupassem de tramas dramáticas e sentimentais (o mesmo tipo de coisa que move as novelas da TV até hoje), tendo como público-alvo basicamente moças e senhoras, havia uma ou outra soap opera alternativa, por assim dizer: essas visavam ouvintes adolescentes e jovens-adultos do sexo masculino e ofereciam mais ação e aventura. Como já existia o termo soap opera, essas produções ganharam nomes adaptados a partir dele e levemente brincalhões: se fossem histórias de faroeste, eram chamadas de horse operas ('óperas de cavalos'); se fossem de ficção científica, eram space operas ('óperas do espaço'). Esses dois eram os gêneros mais comuns. Li isso tudo na introdução de alguma velha antologia de ficção científica.

Por extensão, o termo space opera passou a designar um subgênero dentro da ficção científica, aplicando-se a toda história – mesmo em livro, quadrinhos ou cinema – que apresentasse as mesmas características que aquelas aventuras espaciais do rádio: narrativa vertiginosa, cheia de reviravoltas e com muita ação, personagens simples mas mesmo assim carismáticos, batalhas espaciais em profusão, vilões sinistros e superpoderosos para enfrentar, e, muitas vezes, uma bela mocinha em perigo precisando de um herói, já que a garotada que ouvia, lia e assistia a essas histórias, embora torcendo o nariz para as tramas lacrimosas que suas mães e irmãs acompanhavam pelo rádio, no fundo também tinha a sua parcela de romantismo – sem contar que, se trocarmos as pistolas laser por espadas e os planetas exóticos por reinos medievais na Europa, muitas space operas se transformam facilmente em romances de cavalaria, e o que é um romance de cavalaria sem uma donzela para ser salva?

Como é fácil supor, esse subgênero produziu muita coisa descartável, mas também deu espaço (hehehe!) à ascensão de autores que, faz agora quase um século, turbinam os sonhos de milhares de adolescentes de todas as idades, caras como Edgar Rice Burroughs, Poul Anderson, Edmond Hamilton, E. E. "Doc" Smith e C. L. Moore, entre outros. Não estou atribuindo a todos esses autores o mesmo nível de qualidade, apenas dizendo que são alguns dos nomes que emergiram na space opera para ganhar um lugar na história da ficção científica. Mesmo autores de maior peso, conhecidos por obras mais sérias e profundas, chegaram, em algum momento, a flertar com o subgênero, vide as aventuras de Lucky Starr escritas por Isaac Asimov.

(Não resisto a fazer mais um desses meus parágrafos entre parênteses, mas prometo que este será breve. Ocorre que, embora eu tenha me referido àquele punhado de autores ali em cima como "caras", o "C" de C. L. Moore é de Catherine, e a autora adotou a abreviatura porque ela, ou seu editor, e provavelmente ambos, sabiam muito bem que o adolescente-americano-leitor-de-ficção-científica típico da época ficaria seriamente cabreiro se soubesse que a história que estampava a capa da edição do mês de sua revista favorita havia sido escrita por uma mulher. Embora já houvesse uma mulher entre os pioneiros do gênero em pleno século XIX – claro que me refiro a Mary W. Shelley, autora de Frankenstein –, temos que admitir que a ficção científica foi durante muito tempo uma espécie de clube do Bolinha literário, sendo escrita e lida quase exclusivamente por "cuecas". Felizmente, isso mudaria com o tempo.)

Antes de prosseguir, preciso adverti-los de que a definição de space opera com a qual estou trabalhando é a que encontrei, como disse, em artigos ou introduções de livros de ficção científica que li ao longo dos anos, mas parece que a definição não está muito bem pacificada, pois, pesquisando na internet, encontrei até mesmo 2001: Odisseia Espacial, de Arthur C. Clarke, classificado como space opera em determinados sites – sendo que eu dificilmente conseguiria pensar num livro de ficção científica que estivesse mais distante de tudo o que esse rótulo me traz à cabeça. Se me pedissem para classificar 2001, eu diria que é hard science-fiction, assim como Duna, de Frank Herbert, ou a saga Fundação, de Isaac Asimov: são todos livros muito densos e complexos, que não são para qualquer um, e certamente não recomendáveis para leitores muito jovens e inexperientes. Portanto, tenham em mente que a expressão space opera pode ser usada com sentidos diferentes em outros lugares.

E não é possível contar a história da space opera sem citar o nome de John Stewart Williamson (1908-2006), imortalizado como Jack Williamson, autor que brilhou durante a era de ouro da ficção científica (sim, não é só o rádio que tem direito a isso), que durou, aproximadamente, do final dos anos 30 ao final dos 40. Williamson, entretanto, já era um veterano nessa época, pois estava em atividade desde fins dos anos 20. Suas primeiras histórias foram publicadas na legendária revista Amazing Stories, fundada e, na época, ainda editada por ninguém menos que o pioneiro Hugo Gernsback, o homem que deu nome a um dos mais importantes prêmios da ficção científica. Um nome frequentemente presente nessa revista era o de Miles J. Breuer, americano de origem tcheca, médico de profissão e escritor por paixão, amigo de Gernsback e que se tornou uma influência importante na fase inicial da carreira de Williamson; os dois chegaram a escrever em parceria.

Paralelamente a uma carreira acadêmica na área de língua e literatura inglesa, Williamson publicou, ao longo das décadas seguintes, mais de 30 romances, além de dezenas de contos em várias das mais prestigiosas revistas de ficção científica e fantasia: Wonder Stories, Astounding Stories, Weird Tales… Pode-se destacar The Reefs of Space ('Os Recifes do Espaço'), em parceria com Frederik Pohl, que foi publicado como uma série na revista Worlds of If durante os anos 60 antes de sair em forma de livro. Para dar uma ideia do lugar especial que Williamson ocupa na galeria de honra da ficção científica, ele teve entre seus ávidos leitores e fãs o adolescente Isaac Asimov, que registrou em sua autobiografia que, quando conseguiu vender sua primeira história para publicação, quase tão empolgante quanto o fato em si foi ter recebido uma carta de Williamson congratulando-o e dando-lhe boas-vindas ao time dos escritores. Eu sei, é estranho pensar em Asimov como um jovem escritor iniciante em vez de um monstro sagrado da ficção científica, mas é sempre bom não esquecer que todo mestre também teve seus próprios mestres.

The Reefs of Space não foi a primeira experiência de Jack Williamson em se tratando de publicar romances serializados em revistas. The Legion of Space, publicado em seis partes pela Astounding em 1934, só ganharia a primeira edição em livro 13 anos depois. Trata-se de uma das mais cultuadas space operas de todos os tempos e se tornaria o piloto de uma série de romances. Esse livro ganhou edição brasileira, dentro da tão querida e importante coleção Mundos da Ficção Científica, da editora Francisco Alves; graças a isso, pude lê-lo na minha adolescência, e há algum tempo consegui adquirir um exemplar, de modo que uma releitura está nos meus planos, e, quando isso acontecer, não há dúvida de que merecerá um post aqui no blog. Porém, embora fosse um épico de qualidades inegáveis, The Legion of Space não apresentava nada de muito inusitado em relação ao que já vinha sendo feito na ficção científica da época. Coisa bem diferente acontece com The Legion of Time (publicado como série na Astounding em 1938, e em forma de livro em 1952), que, mesmo trabalhando com dois conceitos bem conhecidos – viagem no tempo e realidades alternativas –, faz isso de uma forma inovadora e empolgante.

Jack Williamson se manteve em atividade até seus últimos dias de vida. Em 2001, aos 93 anos, ganhou o Prêmio Hugo pela história The Ultimate Earth, publicada no ano anterior, tornando-se o mais idoso escritor a receber essa distinção. Publicou seu último livro, The Stonehenge Gate, em 2005, aos 97 anos. Faleceu no Novo México, onde vivera a maior parte de sua vida, em 10 de novembro de 2006.

Pois bem… Apesar do paralelismo dos títulos, A Legião do Tempo não tem conexão alguma com A Legião do Espaço, e, enquanto este último, como dito acima, tem edição nacional, o outro, pelo menos até onde eu sei, nunca foi publicado em português, fosse no Brasil ou em Portugal. Encontrei na internet uma versão em inglês em PDF, li assim e, como um exercício pessoal, eu mesmo o traduzi; imprimi, mandei encadernar, e agora essa edição de um único exemplar está na minha estante, ao lado de A Legião do Espaço da Francisco Alves. Trabalhoso demais? Certamente que não, em se tratando de um livro que eu queria ler há tanto tempo. Além disso, gostei da experiência de traduzir.

Assim como os escritores de terror do século XIX e início do XX adoravam lançar mão do recurso da "narrativa dentro da narrativa", fazendo seus personagens encontrarem alguém que contava uma história, ou acharem um manuscrito que a continha, os autores de ficção científica que vieram depois também tinham seus expedientes favoritos, e um deles era o de fazer um personagem do presente receber, de alguma maneira, mensagens do futuro. É assim em A Legião do Tempo. Dennis "Denny" Lanning, um adolescente de 18 anos que vive no ano de 1927, está prestes a colar grau na Universidade de Harvard (parece que, na época, as pessoas se formavam bem mais cedo do que hoje) quando, numa noite aparentemente comum, sozinho no apartamento que divide com alguns colegas, ele recebe a visita de uma linda e misteriosa jovem que aparece do nada (depois Lanning percebe que ela não está realmente ali – o que ele vê é algum tipo de projeção) e se identifica como Lethonee. Ela vem apelar ao rapaz em nome de sua cidade, Jonbar, sobre a qual tudo o que se sabe nesse momento é que existe num futuro distante, talvez na Terra, talvez em algum mundo que a humanidade haja colonizado. Lethonee afirma que o destino de Jonbar está nas mãos de Lanning, mas o que isso significa na prática permanece um mistério. Ela o alerta de que deve faltar a sua aula de voo do dia seguinte, na qual ele e seu melhor amigo, Barry Halloran, voariam solo pela primeira vez. Denny faz o que Lethonee pede – e Halloran morre num trágico acidente.

Lethonee dá também outro aviso: Lanning será certamente procurado por alguém de nome Sorainya ("a mulher da guerra, a flor do mal"), de um lugar chamado Gyronchi, e, quando isso acontecer, não deve dar-lhe ouvidos em hipótese alguma, pois, caso o faça, isso será o fim de Jonbar e também dela, Lethonee. Dito e feito: Sorainya aparece, tempos depois, também por meio de uma projeção, e, assim como Lethonee, faz um apelo a Lanning em nome de sua cidade, Gyronchi, e do império do qual ela é a capital. É nesse momento que o livro revela a grande sacada de seu enredo: Jonbar e Gyronchi são dois futuros possíveis, e, se uma delas se concretizar, a outra terá sido varrida para sempre da existência. A encruzilhada é algum ato que Lanning ainda vai praticar, ou alguma decisão que ele irá tomar, e é por isso que ambas as governantes procuram ganhar a boa vontade do jovem para suas respectivas causas.

Assim como diversas mocinhas da ficção atual (alguém disse Jogos Vorazes?) ficam divididas entre o amor de dois rapazes – um mais gentil e sensível, o outro mais visceral e selvagem –, o nosso Denny Lanning, cuja experiência anterior com o sexo oposto parece ser nula, se vê atordoado pelas figuras de Lethonee e Sorainya: a primeira é meiga e serena, de uma beleza etérea; a outra é impetuosa, sensual e sedutora. As visitas de ambas poderiam parecer um sonho, se não fossem, para o rapaz, mais reais que a própria realidade cotidiana, mas ele não mais as vê durante muito tempo, e sua vida segue. Dennis Lanning torna-se um repórter arrojado, um correspondente destemido que está sempre nos lugares mais perigosos do mundo, cobrindo guerras, revoluções e convulsões sociais de todo tipo. Não raras vezes se vê envolvido na ação direta, precisa manejar armas, sofre ferimentos, prisões; passa por todos os apertos imagináveis. Os dez anos seguintes transformam o rapazinho sonhador num homem rijo, de nervos de aço, mas que não perdeu nem seu idealismo nem seu romantismo. Ele não se esquece de Lethonee nem de Sorainya, e esta última lhe aparece de novo, alguns anos depois da primeira visita, encontrando um Lanning, naturalmente, mais velho, ao passo que ela não mudou nada. Ela usa de todo o seu poder de sedução e de outras tentações, garantindo ao jovem que, se ele quiser, poderá viver com ela e governar ao seu lado o império de Gyronchi.

Intrigado, Lanning chega a tentar contato com um de seus antigos colegas de quarto na faculdade, Wil McLan, um físico e matemático que se dedicava a estudos sobre a natureza do tempo, desejando ouvir sua opinião – mas descobre que McLan deixou o cargo que tinha numa prestigiosa universidade para dedicar-se a pesquisas particulares, e que seu paradeiro é desconhecido. Mais anos se passam, Lanning se envolve em mais aventuras, até que chega 1937 e ele recebe uma mensagem de outro antigo colega, Lao Meng Shan, perguntando-lhe se está disposto a ajudar a defender a China contra a invasão japonesa. Por sinal, Williamson parece ter pesquisado bastante: o livro apresenta um rigor histórico surpreendente ao mencionar batalhas e guerras. Essa invasão fez parte da Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945), conflito cujos desdobramentos se entrelaçaram com os da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Lanning atende ao chamado, e ele e Shan voam juntos na Batalha de Xangai, na qual o avião dos dois está para ser abatido pelos japoneses quando eles são salvos por uma estranha nave que se desloca tanto no tempo quanto no espaço. Seu comandante é ninguém menos que Wil McLan, mas uma versão idosa dele – uma versão que veio do futuro, já que seus estudos o conduziram à descoberta dos segredos da viagem no tempo. McLan e sua tripulação estão percorrendo as datas e locais de várias batalhas e desastres aéreos históricos, "recolhendo" pilotos hábeis e corajosos de diferentes nacionalidades, no exato momento de suas mortes, ou melhor, no momento em que teriam morrido, para alistá-los numa força que vai lutar por Jonbar – a Legião do Tempo. Jonbar e Gyronchi, apesar de não existirem na mesma realidade, estão em guerra uma com a outra, uma guerra que será lutada em diferentes lugares e épocas, e cujo resultado trará somente uma das duas cidades à existência. Espiando ainda mais longe no futuro de cada uma das duas linhas temporais (o que as engenhocas de McLan conseguem fazer), verifica-se que, na linha que inclui Jonbar, a humanidade terá um destino glorioso, enquanto a outra linha, a de Gyronchi, termina em guerras catastróficas e na extinção de nossa espécie.

Histórias sobre guerras futuristas já não eram nenhuma novidade na era de ouro da ficção científica, e menos ainda em 1952, mas sem dúvida que estamos diante de algo diferente quando nos deparamos com um plot no qual a maneira de um lado derrotar o outro não é destruindo-o, e sim impedindo que ele surja. Claro que isso deve ter feito vocês lembrarem do filme O Exterminador do Futuro, mas não esqueçam que ele é de 1984, e certamente que o diretor e roteirista James Cameron tem uma dívida para com os mestres da ficção científica de décadas anteriores, entre eles Jack Williamson (um chega a ser nomeado: no final do filme, logo antes dos créditos, aparece a informação de que o roteiro foi livremente inspirado em contos de Harlan Ellison, mas as contribuições deste referem-se mais à parte da rebelião das máquinas, e não às possibilidades da viagem no tempo). O mais interessante é que, pelo fato de Jonbar e Gyronchi serem realidades alternativas (de modo que a existência de uma delas é a negação da outra), é impossível qualquer contato físico, e por consequência, também é impossível um confronto entre as forças militares de ambas. Wil McLan explica a Denny Lanning a respeito do que ele chama de geodesias (palavra usada aqui com um sentido diferente do que encontramos nos dicionários), que seriam algo como nós ou encruzilhadas, pontos da História onde as diferentes realidades possíveis se ramificam; não há geodesias diretas ligando Jonbar e Gyronchi, e por isso as duas não podem interagir diretamente. Já McLan, Lanning e seus companheiros são do século XX, um período que faz parte do passado de ambas as linhas temporais, e assim, ao viajarem no tempo, podem chegar a qualquer uma delas, dependendo das geodesias que seguirem.

A Legião do Tempo representa perfeitamente a atmosfera da era de ouro da ficção científica, ou, ao menos, de um estilo que deixou sua marca nela: é uma história cheia de ação, que até procura se ancorar na ciência, mas não hesita em sacrificar a precisão científica, se com isso puder injetar doses extras de aventura e drama. Não sei se um crítico especializado seria da opinião de que a história "envelheceu bem", como eles dizem, mas, falando como um leitor que passou a adolescência lendo tanto Jack Williamson quanto outros gigantes da ficção científica, digo que, mais de 80 anos depois de sua primeira publicação, ela continua a oferecer um entretenimento formidável. Um de meus sonhos enquanto leitor é que apareça uma editora disposta a fazer pela ficção científica o que a Clock Tower tem feito pelo terror e pela fantasia, lançando novas edições de autores antigos que há muito não eram publicados no Brasil, ou que nunca o foram, mas que são importantes para a história do gênero em nível mundial, além de terem muito a oferecer às novas gerações de leitores.

Fiel à minha velha mania de montar trilhas sonoras para as histórias que leio, recomendo aos que forem fãs tanto de metal quanto de ficção científica que experimentem ler A Legião do Tempo ao som da banda sueca Sabaton, cujas músicas inspiradas em grandes batalhas históricas (históricas mesmo: eles deixam a fantasia para outras bandas) encaixam bem em vários trechos do livro.