Águias na Tempestade conclui a Trilogia das Águias de Ben Kane, cujos outros dois volumes já foram objeto de comentários aqui no blog (ver aqui e aqui), e que me proporcionou três sucessivos e deliciosos mergulhos no mundo do primeiro século da Era Cristã, e, mais especificamente, nas histórias por trás dos reveses sofridos pelos romanos na Germânia, que determinaram a cessação de sua expansão pelas terras a leste do Reno. Isso fez com que o rio continuasse, pelos séculos que se seguiram, a ser, na prática, a fronteira entre a área de influência de Roma e as terras que permaneciam sob o controle das tribos bárbaras; em termos modernos, isso significa que a maior parte do que é hoje a Alemanha nunca foi de fato incorporada ao Império, o que se refletiria em sua história, tanto no campo cultural quanto político. Novamente, Kane nos oferece uma narrativa empolgante girando em torno de Armínio, o chefe germânico que já foi um oficial do exército romano, e de Lúcio Comênio Tulo, centurião veterano que viveu altos e baixos (alguns deles muito baixos) durante os últimos anos servindo na Germânia.
Um ano depois dos eventos narrados em O Resgate das Águias, Armínio continua lutando com o mesmo problema de sempre: seus compatriotas germanos estão demasiado ligados a seu modo de vida tradicional para serem capazes de pensar e agir como um só povo. Cada chefe só pensa nos interesses de sua própria tribo e desconfia das outras – e, principalmente, desconfia dos outros chefes. Também as opiniões a respeito dele, Armínio, estão longe de formar um consenso. Alguns chefes o veem com bons olhos por causa da vitória à qual conduziu os germanos na floresta de Teutoburgo, seis anos antes, mas outros acham (e não sem razão) que ele pretende muito mais que apenas manter sua pátria fora dos domínios de Roma: Armínio ambiciona tornar-se um líder supremo, uma espécie de rei, pretensão que soa ofensiva aos ouvidos daquele povo tribal, para quem a ideia de fazer parte de um Estado centralizado não parece muito diferente da de escravidão. O contra-ataque romano do ano anterior, com a recuperação de uma das águias tomadas em Teutoburgo, foi um claro sinal de que é perigoso para as tribos dar a vitória como certa e achar que podem relaxar (ou, como diriam seus inimigos, "adormecer sobre os louros"), e Armínio, mais uma vez, se esforça para conseguir que todos se unam. Para isso, ele não lança mão somente de expedientes honestos; há momentos em que julga necessário manipular, e o faz por quaisquer meios ao seu alcance, seja bajulando ou intimidando. Assassinato também não é uma solução que ele se recuse a utilizar, quando se trata de tirar do caminho alguém que esteja se mostrando um obstáculo particularmente difícil. Há também o drama pessoal do qual Armínio ainda não se recobrou por completo: o rapto de sua esposa grávida, por volta da mesma época da revanche dos romanos. Ele sabe que ela deve estar viva e sendo bem tratada, que deve ter dado à luz o filho do casal e estar criando-o num cativeiro, confortável talvez, mas que nem por isso deixa de ser um cativeiro, sabe-se lá em que lugar dos vastos domínios de Roma – mas saber que a mulher e o filho estão vivos só oferece um consolo limitado, já que ele provavelmente nunca mais os verá.
Tulo, enquanto isso, vive uma fase que, embora dura e trabalhosa como nunca deixava de ser a vida de um legionário, está-lhe trazendo satisfação pessoal. Deve estar agora com seus 50 anos, ou quase isso, e, embora a ideia de reformar-se pareça cada vez mais tentadora, nota-se que ele só sentirá que seu dever foi cumprido quando a águia da Décima Oitava (sua antiga legião, uma das três aniquiladas por Armínio e seu exército na floresta de Teutoburgo) for recuperada. Depois de anos de constrangimentos por causa do que aconteceu em Teutoburgo, e de ter sido rebaixado de posto graças à influência do odioso jovem legado Túbero, ele merecidamente caiu nas boas graças de Germânico, sobrinho e filho adotivo do imperador Tibério, governador militar e general em comando das legiões da Germânia, e, no começo deste novo livro, é novamente promovido, passando a comandar a Segunda Centúria da Primeira Coorte da Quinta Legião (uma legião tinha dez coortes, e a autoridade e prestígio de um oficial eram inversamente proporcionais ao número da coorte na qual ele servia: um centurião da Primeira Coorte estava bem mais alto que um da Sexta, por exemplo). Em Teutoburgo, Tulo salvou uma menina germânica órfã a quem acabou adotando, mas, por não ser possível a um velho soldado solteirão tomar conta de uma criança, confiou-a aos cuidados de Sirona, madura e atraente viúva gaulesa, proprietária de uma taberna na vila próxima ao forte onde ele serve. Tulo sempre arrastou uma asa por essa dama, e agora o sentimento parece estar transbordando, levando-o a tomar atitudes (um tanto atabalhoadas) das quais, tempos atrás, nem teria se julgado capaz, o que rende uma ou duas passagens bastante divertidas.
Ocorre então que, certa tarde, Tulo, de folga, está justamente no joalheiro da vila, tentando escolher um presente para sua crush, como diríamos hoje, quando, através da porta da loja, vê passar na rua seu general, Germânico, acompanhado apenas de uns poucos guardas pretorianos que lhe servem de guarda-costas, rumo a sua loja de vinhos favorita – e, logo atrás, um grupo de guerreiros germanos armados. Com risco da própria vida, Tulo consegue salvar seu comandante, e já não pela primeira vez, mas fica abalado e preocupado ao reconhecer entre os assassinos um homem de nome Degmar, da tribo dos Marsi, cuja vida ele salvou tempos antes, e que, durante um curto período, foi seu escravo. Como ele escapa (é o único do grupo que consegue), as perguntas ficam sem respostas, e a apreensão gerada pelo incidente ainda está com Tulo quando, meses depois, o exército formado por oito legiões, mais tropas auxiliares, atravessa o Reno para uma nova investida contra os germanos.
E creiam, se a narração da batalha de Idistaviso (também referida como batalha do rio Visurgis, embora Ben Kane designe o rio por seu nome moderno, Weser) presente nos capítulos XX a XXIII não for a melhor narração de batalha que já li em romances históricos, está, pelo menos, no "Top 3". O modo como Kane conta sobre o desenrolar dos acontecimentos permite-nos ver com nitidez a diferença entre os estilos de combate de romanos e germanos, ainda que Armínio aproveite alguma coisa do que aprendeu no tempo em que servia a Roma – não pode usar tudo o que aprendeu, pois, para isso, precisaria de um tipo de soldado do qual não dispõe. Embora odeie os romanos do fundo da alma, ele sente uma admiração relutante e pontuada de inveja pela coragem disciplinada que eles demonstram no campo de batalha – um tipo de disciplina que seus guerreiros germânicos teriam que nascer de novo umas três vezes para conseguir. "Disciplina, era sempre a merda da disciplina deles que vencia", reflete enquanto tenta não se deixar levar pelo desespero quando a batalha começa a tomar um inconfundível ar de derrota. Mesmo quando isso não é formulado em palavras, é fácil imaginar que Armínio devia ficar pensando frequentemente sobre as "misérias" que poderia fazer contra o Império se seus seguidores fossem como os legionários. Um general romano não precisava perder um tempo muitas vezes precioso nem sabotar a própria autoridade persuadindo repetidamente os oficiais sob seu comando de que seria "melhor para todos" se fizessem o que ele dizia, ou, caso isso falhasse, recorrendo à bajulação e a promessas de recompensa. Bastava-lhe dar uma ordem, e não era preciso repeti-la.
Não é meramente como se os germanos não tivessem a capacidade para alcançar o mesmo grau de disciplina que os romanos: acontece que eles nem mesmo querem isso. A simples ideia soa-lhes revoltante. Isso fica bem ilustrado numa passagem em que Armínio repreende alguns guerreiros por fazerem algo sem sua autorização, e o mais idoso do grupo lhe retruca: "Toma lá isto para a tua autorização. – O velho guerreiro fez um gesto obsceno. – Segundo a última informação que tive, eras o chefe da tribo dos Queruscos, não eras nem rei nem centurião romano, e eu era um homem livre, não um escravo ou a merda de um legionário." Para a mentalidade dos germanos, a obediência pronta, sem discussão que um soldado romano prestava ao seu superior era uma coisa abjeta, indigna de um homem. O fato de ser precisamente essa disciplina o que dava aos romanos a capacidade de superá-los no campo de batalha não lhes entrava na cabeça.
Também conforme aquilo que já nos acostumamos a esperar dele nos dois primeiros volumes da saga, Ben Kane aproveita os ganchos da história para apresentar mais detalhes sobre as legiões e sobre como era a vida de seus integrantes – e mesmo quem, como eu, está longe de ser estranho ao assunto, sempre aprende mais alguma coisa. A "bola da vez" (bem, uma delas) são os pretorianos e sua relação com os legionários "comuns": há um trecho especialmente interessante e que chega a ser engraçado, em que Tulo, precisando falar com urgência a Germânico numa hora tardia, tem sua entrada barrada por um par de guardas emproados e acaba perdendo a paciência, dizendo umas tantas coisas que, sem dúvida, muitos legionários gostariam de dizer. Bem, para começo de conversa, quem eram os pretorianos? Na origem, o prætorium, ou pretório, era a casa (numa base permanente) ou tenda (num acampamento) onde o comandante de uma força militar se alojava e de onde exercia suas funções, tais como expedir ordens e receber os relatórios dos oficiais. Durante sua longa campanha na Gália, Júlio César decidiu criar uma guarda especial para sua segurança, e que seria composta por homens escolhidos, legionários experientes, de absoluta lealdade e sólida reputação por atos de valor. Por proteger o pretório e seu mais ilustre ocupante, essa força especial ganhou o nome de Guarda Pretoriana, e viria a tornar-se uma instituição tradicional no exército romano, diretamente responsável pela segurança do imperador e de sua família (certo, o próprio César nunca foi formalmente entronizado, mas, com exceção do título, foi imperador em tudo o mais). Durante o tempo de César, a Guarda existiu de maneira informal; seu sobrinho-neto, filho adotivo e sucessor, Augusto – o primeiro a usar o título de imperador – foi quem a institucionalizou e regulou. Tibério, enteado e sucessor de Augusto, e que era o imperador na época em que está ambientado o livro, fez construir um imponente quartel-general para a Guarda Pretoriana, que, por falar nisso, era a única força militar à qual era permitido estacionar na zona urbana de Roma. Em reconhecimento a esse gesto, a Guarda adotou como emblema um escorpião, o signo zodiacal de Tibério. Os pretorianos distinguiam-se dos demais legionários pelas túnicas escuras e pelos escudos, que eram ovalados, como os dos exércitos da época da República, em vez de retangulares.
Se a Guarda Pretoriana tivesse continuado a ser o que foi pensada para ser, é provável que não se houvesse instalado a antipatia com que homens como Tulo e seus soldados a encaravam; afinal, os pretorianos deveriam ser a elite do exército, deveriam ser exclusivamente heróis das legiões, dignos da admiração de todos. Deveriam. Só que ser um pretoriano era uma posição cobiçável, já que o soldo era duas vezes maior que o dos legionários regulares, o tempo de serviço era mais curto, e havia uma série de privilégios, para não falar no fato de que, salvo na eventualidade de algum membro da família imperial decidir ir para o campo de batalha, era pouco provável que viesse a ser preciso efetivamente lutar (os pretorianos que acompanham Germânico, por exemplo, não têm uma vida tão tranquila). E, como costuma acontecer em se tratando de posições cobiçáveis, uns e outros não demoraram muito a encontrar "formas alternativas" de ter acesso a uma vaga na Guarda, para quem tivesse uma família influente e/ou bastante prata disponível. Como resultado, na opinião de Tulo, pelo menos uma grande parte da Guarda Pretoriana em seus dias é composta de jovens bundões em armaduras reluzentes que se julgam superiores aos outros legionários, mas que, se estivessem em sua centúria, sentiriam o peso de sua vitis (vara de videira que os centuriões portavam) até virarem homens de verdade.
De toda a trilogia, Águias na Tempestade é, mais do que provavelmente, o volume com a mais farta quota de sangrentas cenas de batalha; eu ainda não tinha visto Tulo e seus homens causarem tamanha devastação entre as fileiras inimigas, e é digno de admiração o modo como Ben Kane consegue levar um trecho de até duas, três páginas narrando isso, sem que em momento algum a coisa pareça repetitiva ou desnecessária. As baixas do lado romano também não são poucas, ao menos quando Armínio, cuja capacidade estratégica não é desprezível, consegue forçar as legiões a lutar em terrenos e condições que tornam muito difícil colocar em prática as táticas e manobras engenhosas que os soldados romanos treinavam exaustivamente até serem capazes de executá-las de olhos fechados e com a precisão de um relógio – o que, em grande parte, era o segredo de suas vitórias contra inimigos fortes e corajosos, mas desorganizados, como era o caso dos guerreiros germanos. Como nos dois livros anteriores, não há aqui mocinhos nem bandidos, ou, pelo menos, ninguém é alguma dessas coisas o tempo todo: de ambos os lados são praticadas atrocidades e também atos heroicos. A guerra é sempre um negócio brutal e terrível, e talvez não haja nada como ela para trazer à tona o melhor e o pior que existe no homem.
Não é possível concluir o texto sem dizer uma ou duas palavras a respeito de Nero Cláudio Druso Germânico (filho), ou apenas Germânico, personagem histórico real aqui retratado. Em Eu, Claudius, Imperador, o autor Robert Graves pintou-o sob a ótica de seu irmão menor, Cláudio, que o idolatrava, talvez, mais que ao próprio pai, a quem quase não conheceu (Nero Cláudio Druso Germânico pai, normalmente referido como Druso, faleceu em 9 a.C., quando Cláudio tinha cerca de um ano de idade). Antônia, mãe dos dois, punha todo o seu orgulho e esperanças no filho mais velho, dedicando apenas desprezo ao pequeno Cláudio, a quem considerava um retardado inútil; da família, só Germânico gostava de Cláudio, e fez por ele tudo o que pôde. Não admira, portanto, que Graves, ao tentar escrever como o próprio Cláudio escreveria, tenha feito de Germânico a representação mais favorável possível. Já em Águias na Tempestade, a ótica é outra: Ben Kane baseou-se principalmente nos relatos dos historiadores Tácito e Dio Cássio; esse é Germânico em ação na guerra, conduzindo-se, muitas vezes, de modo implacável. Nas campanhas dos anos 15 a 17, as tribos que se haviam aliado a Armínio em Teutoburgo foram derrotadas, e várias delas, quase exterminadas, mas isso não foi seguido por uma ocupação massiva do território, e nem mesmo por um esforço sistemático no sentido de restabelecer a próspera província romano-germânica que estava tomando forma antes de Armínio orquestrar sua revolta; o principal motor dessas campanhas foi o fato de que o massacre na floresta de Teutoburgo não podia ser deixado sem resposta, por pelo menos duas razões. Primeiro, se o Império não revidasse, isso poderia assanhar as tribos do leste do Reno e levá-las a achar que a vitória uma vez obtida poderia ser reprisada, e, com isso, a margem oeste do rio passaria a sofrer com seus ataques. Segundo, as águias das legiões esmagadas em Teutoburgo continuavam em poder dos bárbaros, e, enquanto não fossem recuperadas, isso permaneceria como uma ferida aberta no moral de todo o exército. Uma vez concretizada a represália, os romanos retiraram-se; o imperador Tibério e o senado concordaram que as terras além do Reno exigiriam demasiado esforço para sua conquista, e não ofereciam em troca nada que não pudesse ser obtido mais facilmente em outros sítios. Portanto, pode-se dizer que o objetivo de Armínio e seus seguidores, de manter a maior parte da Germânia independente do Império Romano, foi alcançado, mesmo que o saldo final do confronto tenha sido de derrota para eles. Quanto a Germânico, só podemos ficar imaginando que grande imperador ele poderia ter sido (era filho adotivo de Tibério, e, portanto, o próximo na linha de sucessão) se não fosse por sua morte prematura, em 19, sem ter completado 34 anos. De qualquer forma, o principado de Tibério seria bem longo: ele governaria até sua morte no ano 37, e, não mais dispondo de Germânico para sucedê-lo, indicou o filho dele, Caio Júlio César Augusto Germânico… mais conhecido como Calígula. Um pouco mais sobre esses dois imperadores pode ser encontrado em meu post sobre o livro de Robert Graves, cujo link está logo acima neste parágrafo.
Ben Kane, sem dúvida e sem favorecimento algum, é um dos mais notáveis escritores atualmente em atividade a se dedicarem à ficção histórica, e estou grato por ter tido a oportunidade de ler a Trilogia das Águias, que me rendeu algumas horas de uma leitura muito intensa e agradável. Não tenham preguiça de ler na íntegra a nota do autor ao final do livro: há partes que são repetidas das notas dos dois primeiros volumes, mas outras não são e tratam de coisas que vale a pena saber. Certo, parece que Kane não quis dar-se ao trabalho de garantir que a nota ficasse tão bem escrita quanto o resto do livro, pois o texto é um tanto bagunçado, com vários assuntos jogados aparentemente a esmo num único parágrafo. Há indicações empolgantes de museus e sítios arqueológicos romanos que podem ser visitados na Alemanha – espero conseguir um dia – e uma pá de curiosidades. Kane assegura que a ronda noturna de Germânico pelo acampamento, disfarçado, para conferir como anda o moral de seus soldados (que eu poderia jurar ter sido inspirada numa cena da peça Henrique V, de Shakespeare!) é histórica, embora, no livro, tenha levado o toque ficcional de fazê-lo acompanhar por Tulo. E, fazendo uma brincadeira com seus leitores, o autor desafia: "Há duas homenagens ao filme Gladiador no livro – veja se as descobre". Uma delas eu encontrei facilmente, e embora, é claro, ainda não tivesse lido a nota, pensei comigo que não podia ser coincidência: o início de uma conversa entre Tulo e seu optio, Marco Fenestela, no capítulo XXXII, é idêntico ao diálogo do general Maximus com seu ajudante de ordens, Quintus, logo antes da primeira batalha no filme de Ridley Scott. "As pessoas deviam saber quando são conquistadas." "Você saberia, Quintus? Eu saberia?" (A propósito, o optio, que se pronuncia "ópcio", era o segundo oficial mais graduado numa centúria, auxiliar direto do centurião e, quando necessário, seu substituto.) Quanto à outra homenagem, creio que a achei também, mas, se for o que eu penso, é bem menos explícita que a primeira, e, de qualquer modo, não posso dizer aqui do que se trata, pois envolve um spoiler. Por fim, preciso confessar que estou, de certa forma, contente de que esses livros tenham sido publicados em Portugal. Adquiri-los é trabalhoso, demoram a chegar e custam caro, mas tenho calafrios só de imaginar o que noventa e nove por cento dos tradutores brasileiros de hoje em dia teriam feito com os textos de Kane, naquelas horrendas tentativas de "linguagem de época".
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